sexta-feira, outubro 02, 2009

They shoot horses, don't they?

Confesso que me interesso pela história de alguns movimentos armados. E o ETA faz 50 anos em 2009. A sigla significa Euskadi Ta Askatasuna (Pátria Basca e Liberdade) e o lema do grupo é Bietan jarrai, que significa "Seguir nas Duas". As duas, no caso, são as lutas militar e a política.

Como qualquer estudante primário de história sabe, o ETA luta pela independência total do País Basco, que compreende alguns territórios situados no noroeste da Espanha e no sul da França. Com o Tratado de Guernica, em 1979, a região adquiriu autonomia e parlamento próprios, mas para o grupo, considerado terrorista pela maioria dos países que mandam no mundo, isso não é suficiente.

As ações da organização assassinaram cerca de 800 pessoas, um pouco menos que outro exército de libertação igualmente famoso, o IRA. Chegaram mesmo a assassinar um primeiro-ministro, Carreiro Blanco, ao adornarem o carro oficial do governista com uma bomba, em 73. A região abriga também um famoso clube de futebol, Athletic Club de Bilbao, que só aceita jogadores nascidos ou criados no território basco.

O ETA afirmou ter deposto as suas armas em 2006, mas o seu próprio lema parecia duvidar. E em 2007 eles estavam de volta. Aguardem notícias.

Um comentário:

Paulo Augusto disse...

Aê, legal. Gente como ETA nos lembram de que existem minorias sufocadas que nem sequer sabemos. Não que eu apóie a luta armada, mas a história provavelmente explica o porquê dela ter surgido, assim como a máfia siciliana, as entifadas palestinas e, é claro, o IRA.
Só por curiosidade, dizem que a língua basca é tão absurdamente complicada e diferente das demais européias que eles devem ter vindo do espaço, rs. Coisa que o Chico Buarque não sabia quando escreveu Budapeste.