segunda-feira, janeiro 11, 2010

A.C ( Antes de Cristo)

Mel Gibson se tornou um católico muito cedo. O seu nome, inclusive, provém de um santo irlandês. Não é diminutivo para “Melanie” nem nada. O seu segundo nome, Com-Cille, também tem origens na cristandade. Antes mesmo de adentrar os primeiros sets de filmagem de sua vida, Gibson já era, pois, um cristão no sentido exato do termo. O auge de sua devoção ocorreu durante as filmagens e o lançamento de A Paixão de Cristo, película que retrata as provações, físicas e psicológicas, que foram experimentadas por aquele que é o maior símbolo da fé católica, Jesus Cristo, o mais célebre dos proscritos da Terra. O filme não economiza em pancadaria e humilhação e certamente serviu para comover os já convertidos e amolecer o coração de alguns céticos mais impressionáveis.


Busted!

No entanto, ao invés de seguir carreira em uma das muitas probabilidades profissionais oferecidas pelo cristianismo, Mel se tornou um ator. Ator de filmes muito pouco pautados pela fé e moralismo concernentes aos valores morais adotados pela sua religião. Seu primeiro filme é Summer City, de 1977, filme australiano que envolvia surfe e pancadaria em igual proporção. Inicialmente uma produção paupérrima, o filme naturalmente ganhou alguma projeção com o tempo, com a ascensão inegável de Gibson. Summer City se tornou o ponto de partida, a primeira ponta do astro que despontaria.

Em seguida, veio Tim, de 1979. Mas foi com Mad Max, do mesmo ano, que o ator ganhou o entusiasmo e a admiração de gente envolvida com o cinema há mais tempo. Poucos anos mais tarde, foi considerado uma mistura de “Clark Gable com Humphrey Bogart” e “uma versão mais jovem de Steve McQueen”, pelo crítico Vincent Canby, do New York Times, periódico que dispensa qualquer tipo de apresentação. O jovem Gibson, então com 23 anos e um firme olhar compenetrado, concedia a veracidade necessária para o papel em Mad Max, o de um “interceptador”, uma espécie de degrau superior na hierarquia policial. Como podemos conferir logo no início do filme, o “interceptador” era o cara que entrava em ação quando os policiais comuns já haviam sido batidos pela perícia criminosa.

Mad Max é situado em um “futuro não muito distante”, segundo a introdução doo próprio filme. A Austrália se tornou um enorme deserto, repleto de perigos e cobras pra todo lado. A primeira parte apresenta o Night Rider, um bandidão casca-grossa e exímio motorista, sendo perseguido por dois policiais bem mais ineptos que ele. A câmera exibe vários closes de partes do corpo de Max (personagem de Gibson), criando logo no início uma aura de vingador infalível em torno do (anti) herói. Após a malfadada tentativa de captura dos dois primeiros policiais, o interceptador entra em cena, e Mel Gibson toma pra si o cargo de protagonista com relativa facilidade e confiança pouco vistas em um iniciante.

Tremei-vos

A gangue rival rapidamente se descortina como um bando de jovens perdidos e de espírito parvo, exibindo ridículos gestos teatrais e cortes de cabelo anti-convencionais. Mais acontecimentos desagradáveis tomam forma e Max se vê metamorfoseado no Mad (louco) do título. Mel Gibson atua com a postura de um Marlon Brando mais jovem, de ar blasé e objetivo. Trata-se apenas de um homem com uma tarefa a cumprir e que não pretende se perder em firulas para concretizar o intento. Destaque para o Toecutter, o líder da gangue, um tipo tão pomposo quanto letal (interpretado por Hugh Keayes-Byrne) e para a trilha sonora composta pelo famoso guitarrista do Queen, Brian May.

Gibson inicialmente tinha ido à audição do filme apenas acompanhando o seu amigo Steve Bisley, que queria um personagem na produção. Como Mel tinha se envolvido em uma tremenda briga em um bar na noite anterior, seu aspecto ameaçador agradou ao agente de elenco, que disse a ele que o filme “precisava de freaks (aberrações)” e que o ator voltasse depois de suas semanas. Quando ele retornou, suas feridas naturalmente já haviam sumido, mas agora já era tarde pra outra escolha. O papel já era de Gibson.

O Ford Falcon 1974 utilizado pelo “interceptador” Max se tornou um objeto de culto entre cinéfilos e fãs de automobilismo, um fenômeno comparável ao frisson causado pelo Dodge Challenger de outro road movie, Vanishing Point. E o filme conseguiu ser banido na Nova Zelândia e na Suécia, por seu conteúdo “inflamável”, digamos assim.

Posteriormente, além do já mencionado A Paixão de Cristo, Mel Gibson realizou Apocalypto, um projeto grandiloquente, que envolvia atores amadores e o maia como idioma principal. Mas muita gente prefere lembrar do sujeitovestido de couro, com roupas esfarrapadas e o espírito amargo de vingança estampado na testa. Eu sou um deles.

Um comentário:

Anônimo disse...

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