terça-feira, janeiro 05, 2010

Guns ‘n’ Roses e até onde vai o seu amor

O grupo californiano de rock P.O.D. (que significa Payable On Death, a quem possa interessar) acaba de garantir mais um combo de apresentações na Pátria Amada. Serão sete shows, cada um em um estado diferente, em março de 2010. A maior peculiaridade da banda é o fato de ela ser cristã. O P.O.D. angariou diversos fãs - além de adeptos fanáticos do cristianismo que fingem curtir tudo relacionado à essa religião, sejamos justos - a mais com o disco Satellite, que continha os hits new metaleiros “Alive” e “Youth Of The Nation”, essa última um guilty pleasure do cidadão que vocês escreve. Os discos subsequentes não se mantiveram nos primeiros postos das diversas Billboard da vida, mas o contingente fiel de fãs se manteve. Será a segunda vinda ao país em menos de 2 anos (a primeira foi em novembro de 2008), o que prova que alguém por aqui realmente os ama.

Tamanho amor deve se reproduzir em igual tamanho no mesmo março de 2010. O Guns ‘n’ Roses, do sempre imprevisível (e, às vezes, doido) Axl Rose, também comparecerá ao país, para cinco shows, um número exorbitante para banda de tal porte. Axl é responsável pela proeza de manter o seu carisma intacto entre seus admiradores, mesmo tendo enrolado os seus (muitos) fãs durante 15 anos, data de lançamento do último registro da banda. Que ainda assim era um disco de covers, The Spaghetti Inccident?.

Entre as muitas e bizarras justificativas de adiamento do disco inédito, uma delas era a de que Rose estaria interessado em literatura inglesa e sem tempo para compor e gravar um álbum. Os brothers de outrora, Slash, Duff, Izzy Stradlin, Matt Sorum e Steven Adler não se encontram mais na banda, que se tornou uma empresa louca chefiada somente pelo vocalista. Já passaram por ela cerca de 15 integrantes. Anteriormente uma autêntica banda de rock, o Guns se tornou uma mescla de Hard Rock com barulhinhos eletrônicos aleatórios, um sub-Ministry de Los Angeles. Chinese Democracy, o enfim lançado novo álbum, obteve boas resenhas, no entanto. E Axl pode descer o braço em alguns paparazzi, sem muito remorso.


Axl, fantasiado de Mike Muir


Enquanto isso, alguns dos antigos trutas (Slash, Duff e Matt) montaram em 2002 uma banda chamada Velvet Revolver, que lançou dois álbuns, com alguns hits em escala mundial. O conjunto se encontra em hiato desde 2008, com a saída do ultraproblemático, embora talentoso, vocalista Scott Weiland, ex-Stone Temple Pilots. Duff também esteve recentemente no Brasil, com sua banda Loaded, inclusive tocando algumas versões de clássicos do Guns, como “It’s So Easy”, do influente álbum Appetite For Destruction, provando que a sombra do Guns ‘n’ Roses ainda dá conforto aos seus ex-membros.

Para quem não lembra, o Guns havia retornado ao Brasil em 2001, com um pitoresco espetáculo na terceira edição do Rock in Rio. Um Axl de voz reduzida comandou um bando de asseclas esquisitos, entre eles Buckethead (guitarrista virtuoso que se notabiliza por usar um balde de uma empresa de frangos fritos, a KFC) e Robin Finck, do Nine Inch Nails, que chocou a plateia presente com uma versão (bem-humorada, ao menos) de “Sossego”, do síndico Tim Maia. Para encerrar a singular apresentação, uma escola de samba recebeu a missão de fechar o negócio, antes do bis. É preciso muito, mas MUITO amor pra ver isso tudo de novo, né?

4 comentários:

max disse...

Eu vou hahahahaha.
Quero ver esse circo de perto.

Vai ter show do A-Ha também!!!

Daniel acerca do mundo disse...

Você disse tudo !!!

Aliás, dizem que o Axl baixou o cachê da banda para que assim ele possa fazer mais shows e tentar diminuir o prejuizo da produção do "chinese Democracy"

Eu vou passar longe do Show

William Alves disse...

Você tem muito amor pulsando dentro de si, Max.

Paulo Augusto disse...

Agreed.